Junta de Freguesia de São Martinho – Património Urbanístico

Picos em São Martinho

No perímetro da freguesia temos várias elevações conhecidas como picos. Temos assim o Pico da Cruz, do Funcho, da Arruda, da Igreja e da Lombada. É de notar que a toponímia da freguesia subsistem vestígios dos motivos que estiveram na origem do nome do Funchal, o que evidencia que o funcho (Foeniculum Vulgare) existia aí em abundância. Noutros o apelo à natureza continua a vingar. A abundância de Arruda (Ruta Chalepensis) vai dar origem ao pico com o mesmo nome.

De entre estas elevações se destaca o Pico da Cruz. O local assume um papel fundamental na sociedade madeirense. Primeiro foi posto semafórico, usado no aviso da presença de corsários, prontos a assaltar barcos e povoações, depois se instalaram aí as antenas de comunicações, que ainda persistem. Foi também conhecido como Pico Telégrafo. As encostas que, nos últimos anos, têm sido ocupadas com habitações, começaram por ter alguma utilidade, surgindo a leste em meados do século XIX um campo de jogos e corridas do Excelsior Club da Madeira e, na vertente norte, uma carreira de tiro.

Praia Formosa

A Praia Formosa é uma praia situada na freguesia de São Martinho, no Funchal, na ilha da Madeira.

Constitui-se na maior zona balnear da ilha, subdividindo-se em três pequenas praias de areia preta – Formosa, Nova e Namorados – e uma de calhau rolado – Areeiro.

É servida por três postos médicos e dispunha de um parque infantil para crianças dos 2 aos 12 anos, estacionamento, casas de banho, balneários, bares e diversas infra-estruturas para a prática de desportos.

Tem bandeira azul e a segurança está a cargo de uma equipa de nadadores-salvadores.

Em toda a costa destaca-se, desde os primórdios da ocupação da ilha. O nome não engana. Era uma ampla praia que de imediato despertou a atenção dos povoadores.

A Praia Formosa ficou para a História como o local de desembarque dos franceses em 1566.

A partir de 1816 serviu também de Lazareto, por falta destas instalações no Funchal obrigou o Governador a estabelecer a quarentena, dos navios oriundos de portos infestados, defronte da mesma praia e dos indivíduos numa casa conhecida como Engenhoca.

O Fojo

É na promenade que liga a zona do Lido até à Praia Formosa, nomeadamente a leste da Ponta da Cruz, que se encontra o Fojo.

​Algo profundo escavado no tufo, resultado duma erosão e do desmoronamento de um canal vulcânico que em épocas remotas ali passava, desembocando no mar, e cujas as ruínas, hoje acumuladas em blocos de lava enegrecida, apresentam superfícies alisadas, com estrias longas e paralelas que caracterizam as paredes dos túneis da lava.

Vale a pena ver.

Estrada Monumental e Ponte do Ribeiro Seco

A ponte do Ribeiro Seco e a estrada que, conduz ao concelho de Câmara de Lobos, são geralmente conhecidas pelos nomes de Ponte Monumental e Estrada Monumental.

​Ora, em tempos o projecto da sua construção obedeceu ao pensamento de as considerar como um monumento erguido à memória do Rei de Portugal D. Pedro IV. Os trabalhos de construção da ponte começaram no dia 6 de Março de 1848 e concluídas no final desse mesmo ano. A construção da estrada que é no fundo, uma continuação da ponte teve momentos de bastante lentidão até à conclusão oficial da obra, e a ponte de alvenaria, na ribeira dos Socorrido, foi começada a 5 de Junho de 1848.

O Cais do Carvão

Construído no início do século XX (1903), o Cais do Carvão é uma infra-estrutura importante para a cidade do Funchal, que surge numa época em que o uso do carvão como combustível já se encontrava massificado por todas as marinhas (mercante e de guerra) do mundo ocidental. Nesta perspectiva, tratou-se apenas de uma evolução lógica, uma vez que na Madeira as primeiras grandes instalações para o abastecimento, armazenamento e comércio do carvão remontavam ao segundo quartel do século XIX, quando se deu o desenvolvimento da navegação a vapor no Atlântico.

Contudo, numa outra perspectiva – e aqui reside grande parte do nosso interesse – o Cais do Carvão também nos revela mais duas dimensões, ambas interessantes e até decisivas para a compreensão da sua existência, persistência, relevância e significado históricos na contemporaneidade madeirense:

  • desde logo, aquela que podemos considerar como uma dimensão tecnológica e inovadora, pelo facto de ter sido o primeiro local do género a ser construído na Ilha e, ao mesmo tempo, por representar a inserção da Madeira num movimento de construções semelhantes, que desde a década de 80 do século XIX se estava a verificar em todo o Atlântico;
  • depois, uma dimensão política, pelo facto de, indirectamente, também nos remeter para as relações de interesse em que se envolveram britânicos e germânicos, tendo a Madeira como pedra de toque.

Abandonado à cerca de 100 anos, este local, servido de cais acostável, foi adquirido pela Câmara Municipal do Funchal para nele instalar o novo Aquário do Funchal e a Estação de Biologia Marinha do Funchal.

A Levada dos Piornais e os Lavadoiros

A necessidade de conduzir a água até aos locais de maior escassez, colocou aos primeiros colonos, que viram na agricultura a sua forma de subsistência, um enorme desafio.

Era a Levada dos Piornais que em tempos servia de apoio e subsistência das gentes do sitio, estamos a falar da lavagem das roupas, quer das pessoas da área envolvente, quer das outras da cidade que mandavam também as suas roupas, sendo de salientar que os “anéis de água fornecidos pela direcção da levada e dos lavadoiros públicos eram bastante disputados por mulheres que a lavar a roupa alheia ganhavam o pão de cada dia, levando-nos a verificar o grande valor que representava este aqueduto para as populações da freguesia de São Martinho.
Actualmente existem em actividade três lavadoiros recuperados, um situado no final da Travessa das Pereiras, outro à saída das escadinhas do Padre Caldeira e o outro à Travessa do Castanheiro.

Os Fontenários

A freguesia de São Martinho possui vários fontenários característicos desta freguesia.

Cada vez mais é dada uma grande importância aos fontenários, sendo considerados parte da nossa história que convém preservar e não esquecer.

Existem vários localizados nos diversos sítios da freguesia, que serviam no passado as populações com água potável.

Destacam-se os dos sítios da Nazaré, Igreja, Piornais, Amparo, Areeiro, Vitória, Lombada, Quebradas, Pico do Funcho, Fé, Poço Barral e Quinta do Esmeraldo.

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